Conjuntivite alérgica x conjuntivite infecciosa

Sintomas mais comuns são inflamação da conjuntiva (camada mais exterior do olho), olhos lacrimejantes e vermelhos, pálpebras inchadas, ardência, aversão à luz e visão um pouco turva, além da sensação de areia ou corpo estranho nos olhos

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Quem tem filhos pequenos sabe que é no inverno que as crianças mais apresentam problemas de saúde. No entanto, a chegada da primavera aumenta os casos de alergias oculares, como a conjuntivite alérgica. De acordo com especialistas, esses casos estão quase sempre associados a problemas respiratórios, como rinite e sinusite.

“As mudanças climáticas causam alterações na imunidade das crianças. Os atópicos, ou seja, as pessoas que são alérgicas, apresentam risco aumentado para a conjuntivite alérgica, que pode ser desencadeada também por outros alérgenos, como com pó, tapetes, cortinas, cobertores, roupas de lã, bichos de pelúcia, etc”, explica a Dra Marcela Barreira, oftalmologista pediátrica e cofundadora da NeuroKinder.

É muito comum confundir uma conjuntivite causada por uma alergia com uma conjuntivite infecciosa, causada por vírus ou bactérias. Por isso, alertamos para alguns sinais dos dois tipos do problema, para ajudar na identificação.

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Conjuntivite Alérgica

• Mais comum no inverno
• Não é contagiosa
• Causa secreção mais esbranquiçada, como lacrimejamento
• Causa muita coceira
• Pode se estender por semanas

Conjuntivite Infecciosa

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1. Muito comum no verão
2. É altamente contagiosa
3. Causa secreção amarelada, parecida com pus
4. Causa muita ardência
5. Geralmente dura de 5 a 7 dias

Como cada tipo de conjuntivite requer um tratamento, o mais indicado é procurar um oftalmopediatra para saber qual o tratamento mais adequado.

Conjuntivite alérgica demanda tratamento prolongado

De acordo com Marcela Barreira, o tratamento utilizado para tratar a conjuntivite alérgica é bem diferente dos casos infeccioso, já que em muitos casos é necessário tratar a alergia. “Diferentemente da conjuntivite viral ou bacteriana, cujo tratamento dura de cinco a sete dias e a criança melhora, a conjuntivite alérgica tem o tratamento mais demorado porque há picos de exacerbação e picos de melhora, como qualquer tipo de alergia”, afirma. 

Geralmente, são utilizados dois medicamentos para tratar os casos alérgicos: um antialérgico e algum tipo de corticoide em forma de colírio. Segundo Dra. Marcela, há casos de conjuntivite alérgica severa em crianças, que necessitam de um tratamento prolongado.

“Quando a criança tem conjuntivite alérgica crônica é preciso acompanhar regularmente com um oftalmopediatra, além de controlar os fatores que podem desencadear a alergia. Se os pais já têm conhecimento do que aumenta a alergia, o ideal é evitar que a criança entre em contato com estes agentes alérgenos. Vale lembrar que nenhum medicamento deve ser usado nos olhos sem a devida prescrição médica, especialmente quando falamos de colírios”, finaliza a médica.

Higiene

Os cuidados de higiene são fundamentais para evitar o contágio e durante o tratamento da conjuntivite. O ideal é que as pessoas evitem colocar as mãos nos olhos quando estiverem na rua ou em casa, uma maneira eficaz de se prevenir da conjuntivite.

Outra medida essencial é adotar o hábito de lavar as mãos com frequência, quando se chega em casa, no trabalho, antes de preparar as refeições ou comer.

Na impossibilidade de lavar as mãos, o uso do álcool gel pode auxiliar a desinfetar as mãos.

Fonte: Jornal do Brasil e Mais Saúde